PF aponta que organização criminosa planejou o uso de veneno para matar Lula após as eleições em 2022

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (19), uma operação contra uma organização criminosa envolvida no planejamento de assassinatos de figuras-chave do governo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A decisão judicial que fundamentou a operação, assinada por Moraes, revela que a investigação descobriu um plano para envenenar o presidente eleito após a eleição de 2022. O documento detalha uma estratégia que aproveitaria a saúde vulnerável de Lula e suas frequentes visitas a hospitais, com a possibilidade de envenenamento ou uso de substâncias químicas para provocar um colapso orgânico.

Além de Lula, o vice-presidente Alckmin também estava entre os alvos da trama, que tinha como objetivo um golpe de Estado para impedir a posse do novo governo. O plano foi descrito em um documento elaborado por Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro, que também era membro dos “kids pretos”. Este arquivo, inicialmente nomeado “Fox_2017.docx”, continha informações detalhadas para executar uma operação de alto risco com características terroristas, conforme afirmou a decisão de Moraes.

Nos registros, Lula era referido como “Jeca”, Alckmin como “Joca” e Moraes como “professora”.

A operação envolveu o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. A ação foi realizada com o apoio do Exército, que acompanhou o cumprimento dos mandados nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

O plano da organização criminosa, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, previa os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes para o dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do presidente eleito. A PF também revelou que Moraes era constantemente monitorado pelos envolvidos.

A operação ainda revelou que a organização pretendia criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para lidar com as repercussões do ataque.

Alvos de mandados de prisão preventiva:

  • Mario Fernandes – General da reserva, ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro e membro dos “kids pretos”.
  • Hélio Ferreira Lima – Tenente-coronel do Exército Brasileiro e membro dos “kids pretos”.
  • Rafael Martins de Oliveira – Major do Exército, conhecido como JOE, com formação em forças especiais e membro dos “kids pretos”.
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo – Major do Exército e mestre em Ciências Militares, também membro dos “kids pretos”.
  • Wladimir Matos Soares – Policial federal.

Por CNN Brasil

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